tag:blogger.com,1999:blog-9074442866512824332024-03-06T03:28:22.869-03:00Auto ExtinçãoBrenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.comBlogger84125tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-7063154118889649232017-11-11T03:08:00.001-03:002017-11-11T03:48:21.619-03:00Tinha um wormhole no cantinho.<div style="text-align: justify;">
Já havia algum tempo desde minha última visita terapêutica com árvores. Em uma breve jornada induzida acidentalmente, finalmente conheci a árvore-mãe. Todas as respostas se encontram suspensas das leis terrestres e sensoriais em um jardim isolado por um portão branco - localizado no entre das coisas. Ao passar pelo portão da abscência, percebo que a equipe agora é multidisciplinar! Sou recepcionada por singelas florzinhas amarelas - funcionárias mais acessíveis e contratadas especificamente para atender seres humanos repetitivos em busca de respostas clichês. </div>
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Após classificar a pergunta corretamente, a florzinha ao lado da porta vermelha conta que é tempo de confirmações. <i>É tempo de nomear todas as repetições sem nome!</i> <span style="color: #999999;"><a href="https://www.instagram.com/p/BbVhM0VAH_C/?igref=ogexp" target="_blank"><span style="color: #666666;">Tempo de conhecer o depois dos caracóis que não levaram o pisão de misericórdia.</span></a> </span>A resposta para sua pergunta é que você está no caminho certo. Podia ter só continuado caminhando, inclusive. Se já é sabido que não se fabrica coturnos em forma de raíz, por que raios insistir em ignorar a porra da intuição? Jardins atemporais são para árvores, caminhos são para seres humanos. Não é necessário gastar seu tempo ouvindo aqueles que não estão dentro de você.</div>
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A palavra-chave é: <i>continue.</i></div>
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Em outras palavras: só bóia, fdp.</div>
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Continue introjetando sentido em tudo que é buraco da vida.</div>
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A plenitude do medíocre se encarrega de acontecer sozinha.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizmd90dhZtnBHqu7n4_ZYeS6H66_0XugTch986CK9LkdpBWyYZPVXyTTCSALqDefvbxj0WJeUk0x3RooGNkvL8Yzok5hJzp8eF674MKlTLjpuz2wi4cnBObj80GauHgIYhxPyQLKUr2Xo/s1600/flowey+pissing+me+off.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="516" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizmd90dhZtnBHqu7n4_ZYeS6H66_0XugTch986CK9LkdpBWyYZPVXyTTCSALqDefvbxj0WJeUk0x3RooGNkvL8Yzok5hJzp8eF674MKlTLjpuz2wi4cnBObj80GauHgIYhxPyQLKUr2Xo/s400/flowey+pissing+me+off.png" width="400" /></a></div>
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Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-1551099290640036212017-10-31T05:52:00.000-03:002017-11-11T03:23:44.371-03:00O apanágio da apostasia<div style="text-align: justify;">
Após sobreviver o despertar de todos os dias no absurdo, abandonamos a criptobiose pra subir a escadaria em direção à apostasia. Metamorfose influenciada e ironicamente ignorada, validada por um fio através da representação da sujeito principal - salva apenas pelo significado.</div>
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Um louva-a-deus mecânico no céu e borboletas gigantes nos postes aliviam a paisagem entre pessoas que ainda falam sobre sardas. Gente incapaz de compreender desacontecimentos e inexistências. Coma suas beterrabas. Faça seus relatórios. Aceite-se como uma das criaturas primitivas que ainda funcionam a base de combustíveis nocivos. Mas funcionam. Você não questiona, você faz porque sabe que é necessário. <i>And so what if it KILLS you? Be a goddamn man, boy.</i></div>
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Me sinto um computador preso num corpo de calculadora.<br />
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Esses dias, tirei uma aranha branca de uma colega que não tenho certeza se estava realmente lá. Enquanto o fazia, desejei ter o poder de me transformar em uma escavadeira. Sei que continua tudo normal aí fora pois já estive aí também, sei que é melhor parar. Aos principiantes ou desavisados: só estou transcendendo. Então mostrem suas melhores cartas! Aqui, o absurdo é o novo brilhante.</div>
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Existem estragos tipo tsunami, existem estragos tipo maré alta: desestabilização programada. Negação parcelada até o chão se tornar seguro. Olhos grudados e um peito queimando laranja às 3h da manhã. Um incêndio no museu do que já foi, cemitério do que virá. O passado e o futuro são abstrações. Me permiti existir em uma localização virtual e a lixeira está prestes a receber o clique do botão direito.</div>
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Me acondicione numa bela redoma, por obséquio. Faça uma exposição com várias lâminas de sentido fatiado e pule as partes da pirâmide. A receita da distração com realização pessoal é simples: pegue o que você não entende e todo o resto que entala no peito. Faça uma bolinha, enfie no cu, vire do avesso e voilá, você fez uma peteca. </div>
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<i>Run, rabbit run! </i></div>
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<i>Dig that hole, forget the sun.</i></div>
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<i>And when at last the work is done...</i></div>
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<i>Don't sit down, it's time to dig another one.</i></div>
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E assim terminamos outubro,</div>
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vivendo no cantinho.</div>
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Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-85755345714880864732017-03-08T14:13:00.002-03:002017-11-17T22:42:57.836-03:00Sugar<div style="text-align: justify;">
Tudo o que tenho pra falar é escroto. É vergonhoso, é nudez adolescente, é cringe. Mas não há ninguém que dê mais valor a expressão e sinceridade. Tudo deve ser expressado - se não possível de uma forma, de outra. Saber o que tu tá fazendo e como funciona não anula a necessidade de falar. Essa coisa grotesca aqui dentro precisa sair ou vai começar atacar a mim mesma e já tenho experiência suficiente pra saber que vai dar merda. Elaboração invisível e abstrata me consome por dentro. Não vou voltar pra lá. Gostei de ser relativamente feliz de novo por um tempo e não quero que isso acabe. Não me faça calar a boca. Sentir em silêncio é torturante demais. É assim que se faz justificativa pra um artigo, que era o que eu devia estar fazendo. Porque tudo que faço precisa de justificativa. Em tudo eu incomodo e preciso de licença clara pra existir.</div>
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Esse emaranhado de tudo e nada acontecendo simultaneamente. Um ser que confunde a si mesmo e não consegue optar por uma informação além daquela única certeza que não teve princípio. Eu não conecto com pessoas com facilidade, eu não tenho interesse, eu não pertenço a lugar nenhum. Eu odeio todo mundo pelas menores coisas e prefiro ficar sozinha. Os meus compatíveis são poucos e estão muito bem escondidos, assim como eu. Mesmo acompanhada, sempre vou estar sozinha. A base da satisfação do meu mundo interno é estar conectada de forma profunda com algo eu valorize demais. E que merda quando a chata consegue encontrar encaixe em todas as chatices. Que merda. O inimigo do bom é o melhor e além de ser impossível, se recusa a voltar ao tamanho original.</div>
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A vida é única e meu maior conflito é amá-la demais, querer ser imortal ao mesmo tempo em que fortemente desejo morrer e ir embora de todas as coisas. A mente é uma prisão que exige que tu passe por todas as etapas e eu me debato por querer sair de dentro dela. Eu tinha encontrado algo mais forte do que a minha vontade de ir embora. Significado? Check! Mas e felicidade? <b>A essa altura sinto que só encontro sentido na vida novamente indo plantar brócolis em uma viagem de só ida pra Marte</b>. Tudo e todos são uma merda, mas aquilo que importa sempre é imune.</div>
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O simples é adquirido no seu próprio tempo. Não adianta, não existe livro ou tutorial pra isso. Tem que ser pela própria vivência. Tenho aversão por qualquer tipo de spoiler e não sinto o gosto a não ser pelas minhas próprias conclusões. Tem coisas que são feitas só pra sentir e não pra filosofar. Levei 8 anos filosofando pra chegar até aí. Mas a minha verdade é só minha. Me sinto triste por isso, enfim. O piloto automático do "I'm not usually like this" parece ter tomado o trono da permanência. <i>"But every Icarus has had his chance to turn. It's not for everyone to touch the sun."</i></div>
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A Brenda do cérebro de cima tá que nem uma batata olhando pra um buraco e se negando a pular. Take your time, mas eu estou com pressa. Enquanto ela viaja na maionese, aqui tá tudo fragmentado e solto num espaço onde nada se alcança. Tá bizarro. As coisas vão ter que se resolver aqui por baixo mesmo e torço pra que passem a ser uma só de novo. Ter vergonha da condição humana jamais deve ser motivo de censura. Não é bonito, não é palpável. É somente aquilo que é. </div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-73186956284478708062016-11-17T23:02:00.000-03:002017-10-30T23:02:57.180-03:00Relação entre massa e volume<div style="text-align: justify;">
É fácil explicar quando se está irritado, estressado, ou mesmo triste. O absurdo é tentar explicar o que acontece quando tu te consome. Quando uma frase tosca como "nada é real" adquire profundeza e de repente é só o que descreve o mundo. Tu até fala sobre, mas sabe que não faz sentido. </div>
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Acho que sinto necessidade de falar sobre isso. Escrever sobre isso, assim como fiz com a tristeza. Não há um tipo sequer de tristeza que eu não tenha sentido e não saiba explicar. Nessa matéria eu identifico, separo, classifico, abstrato, desconto e reduzo em quantas partes coloridas e inimagináveis forem necessárias. É uma habilidade longa e muito bem desenvolvida por drama ruminado. <b>Minha tristeza faz aniversário.</b></div>
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"Nada importa" é outra frase clichê que adquire a forma de sabedoria universal. O cérebro não funciona direito. Os movimentos, lentos. Tu percebe que tem dúvida sobre como escovar os dentes e fazer diferenciação de sal e açúcar. Nada é concreto e palpável, até que o pânico pela percepção de si mesma te faça voltar ao estado anterior. É então que falta ar, a visão escurece. E no dia seguinte, essa realidade longe por natureza fica em recesso. E tu não consegue entender como que no dia anterior não era capaz de dizer se teu corpo estava do lado de dentro ou fora. Sei lá, devia estar se carregando por aí na coleira.</div>
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Ao ser contatado por outro ser humano, a cabeça até se enche de ideias como "eu sei disso, tenho uma opinião sobre isso, hmm eu deveria falar sobre isso", mas só o que sai é a primeira alternativa monossilábica que pareça adequada para os que vivem naquele mundo, porque não se vê utilidade alguma na interação. Fica difícil agir instantaneamente quando tu esquece palavras do cotidiano, como se portar, reagir, pra onde olhar e que movimentos faciais fazer. Tudo fica submerso em água, sem contraste e foco, apenas passando na frente dos teus olhos turvos. Mas não se sente, não se está lá. Por enquanto... Até o maldito ciclo fechar e começar de novo.</div>
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Minha parte preferida da faculdade são as escadas em fim de semestre. Trocentos degraus escuros e vazios pra correr sem interrupção. Durante a aula de hoje, pensei que fosse desintegrar. Me amplificar até a puta que pariu da inexistência e esfarelar. Saí de casa com a bunda no lugar da cara, irritada até com as gotinhas de chuva nos óculos. Voltei com o coração quentinho depois de ver uma ocupação de caracóis na calçada. No ano passado, nessa mesma época, contei sete dezenas deles. Me parece importante atualizar a contagem.</div>
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Não posso ser muito. É tudo sobre dosagem e controle. Não posso ser densa demais e cristalizar. Não posso ser diluída e sair voando até o berçário da galáxia. Fico assustada quando pulo de um estado completamente amplificado pra lugar nenhum. É o processo de se contrair, expandir e vibrar inexistência. Mas o quê desencadeia? <b>Espero que na próxima contagem de caracóis eu já ache amadorismo falar sobre isso.</b></div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-64662354872600598282016-10-28T00:58:00.002-03:002016-10-28T00:58:47.249-03:00Chagrin<div style="text-align: justify;">
I have antecipated reactions. </div>
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I ruin everything because I can see the future. </div>
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And by doing that it means I'm always right. </div>
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Even though I panick sometimes, at least I can say <i>'I always had it coming</i>'. But it would be nice to just be happy or feel some peace for a change. What's the point of awareness? The only comfort I can give myself is to sustain this idea. Future and paranoia should always match if you're locked up inside a stupid pattern prison.</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-24243127955082315522016-09-30T14:33:00.001-03:002016-09-30T14:33:30.499-03:00Hand Cannot Erasehttp://handcannoterase.com/14th-september-2009/<br />
http://handcannoterase.com/30th-april-2009/<br />
http://handcannoterase.com/5th-march-2009/<br />
http://handcannoterase.com/24th-september-2011/<br />
http://handcannoterase.com/1st-november-2006/<br />
http://handcannoterase.com/1st-january-2015/<br />
http://handcannoterase.com/10th-february-2015/Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-60293985118941842492016-09-26T03:58:00.000-03:002016-09-26T05:48:37.506-03:00We were here<div style="text-align: justify;">
Eu consegui dar significado ao nada. O acaso é o criador do meu nascimento. Ser fruto da loteria da existência se transformou em bênção pra quem acredita no caos. Finalmente entendo os que falam sobre gratidão. Minha mãe já entende isso muito antes de mim. É engraçado que nada se mostre na prática, mas o abstrato de não conseguir destrua claramente tudo em volta. Tenho a impressão de que se chama equilíbrio, e que o vazio realmente é sintoma de uma peça física faltando.</div>
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Um amontoado de experiências e observações simples que em menos de um ano, me fizeram mudar completamente. Sinto que entendi o que realmente importa pra mim. Sei disso pelo que penso, sinto e percebo atualmente. Quando tu sente os efeitos por ter que lidar com alguém passando pela mesma coisa, finalmente percebe que essa é a pior forma de agressão pra quem está do outro lado. E eu não quero fazer alguém passar por isso novamente, jamais. A mente humana usa meios estranhos. A nossa didática deve ser a mais bizarra que existe. Ainda assim só consigo dizer que sou completamente apaixonada pelo ser humano, nossa história até aqui, pela forma em que nos organizamos e como crianças, tentamos dar funcionamento às coisas. Às vezes penso que nossa forma de vida é invejável. Talvez esse seja o meu novo amadorismo agora.</div>
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Esse ano eu plantei coisas. Vi crescer, enfraquecer e melhorar novamente. Senti a dor de outros seres que sentem e que assim como eu, são apenas um. Minhas plantas deram flores, e chorei quando vi a primeira. Vi o sol nascer e uma caralhada de cores impossíveis no céu após várias noites de choradeira no chão. Pela primeira vez prestei atenção na primavera e o inverno não é mais minha estação favorita. Recebi visitas, e alguns foram mortos por acidente. Fiz um velório. Confirmei que os insetos continuam incríveis como sempre. Criaturas supremas, mini alienígenas que ninguém parece prestar atenção. Me dei conta da Terra em que vivo e olhei pra Lua como se fosse a primeira vez. Parece bobo, e é mesmo. É como quebrar a cabeça pra passar de um quebra cabeça em um jogo e depois de conseguir, ficar rindo de si mesmo por ser tão óbvio.</div>
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A vida faz um pouco de sentido quando tu finalmente abre os olhos pra ele, o clichê simples, aquilo que sempre esteve ali. É dizer o que sempre se diz, mas dessa vez com um peso por trás das mesmas palavras que ninguém do lado de fora entende. Porém mesmo sem entender, todo mundo diz a mesma coisa. Isso é incrível. O problema é que não adianta tentar explicar isso pra outra pessoa. Eu só cheguei aqui depois da minha própria dor. E nada disso é conhecimento novo. Só se trata de dar significado ao que já existe. Àquilo que já se repete e escreve incontáveis vezes antes de nós. </div>
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Eu cheguei aqui. Cheguei em algum lugar. Encontrei outros pelo caminho mas cheguei aqui sozinha. Mais acima, abstrato, colorido, instantâneo, compartilhado, coletivo. Diferente, mas tudo parte do mesmo. É tudo muito lindo e imenso. E aos poucos vou sentindo quem e quantos estão aqui comigo. Algumas certezas se confirmaram mais ainda. Transformei o óbvio no supremo. O simples no absoluto. A primeira é de que realmente, somos todos crianças. E a segunda, de que sempre, sempre fica pior antes de melhorar. Eu estive ali, estou aqui, e um dia vou estar em todo lugar. </div>
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/uzPT9dGgeTs/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/uzPT9dGgeTs?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
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Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-80556069548945971032016-09-06T20:10:00.004-03:002016-09-09T04:55:46.598-03:00Never surrender<div style="text-align: justify;">
Já tinha decidido há algum tempo que não iria mais escrever sobre esse tipo de coisa, porque minha psicóloga dizia que eu ruminava coisas até transformar em um monstro muito maior do que era. Mas ignorar não me trouxe nenhuma mudança. Fingir que nada tá acontecendo não adianta quando tu não tem pelo menos um pézinho já com força suficiente do outro lado. Meu cérebro tá burro pra escrever, mas minha percepção do que sinto ainda continua a mesma filha da puta de sempre, atenta e ciente de qualquer merdinha microscópica.</div>
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Ontem voltando de viagem fui preenchida novamente pela sensação boa que te faz dar conta que tu tem o mundo todo nas mãos em oportunidades. Passei por lugares que gostaria de trabalhar, faxinei a casa de cima a baixo, desenterrei meu violino, ganhei cinco partidas seguidas no LOL, decidi que ia fazer x coisas. Parece que tudo estava alinhado novamente, completo, contendo a compreensão de todo o passado e futuro... Tudo isso pra hoje levar três horas pra conseguir levantar da cama. Faltar aula de novo. Tudo é custoso. Tudo é longe. Tudo é caro. Tudo é inalcançável. Só fica o desconforto, a inércia e o desperdício. </div>
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Lembrei da cena "no, no, never surrender" do Rorschach e decidi que precisava ao menos me alimentar. Gosto de me apoiar nessa cena. Vou cortar batatas e tudo o que sinto são meus braços doendo e a vontade de me derreter. Ficar por ali mesmo, só trocar a cama pelo chão da cozinha. Me sinto assim há cinco anos. Mas nunca vou me entregar, nunca vou ficar pior do que já estive um dia. Enquanto isso continuo levantando sem ter motivos pra levantar. Talvez em um dos momentos em que me sinta bem eu tome alguma atitude que mude alguma coisa. Talvez um desses momentos dure um período maior. Talvez a Terra seja invadida por alienígenas. Talvez algo saia do normal como saiu há cinco anos atrás e eu me veja presa novamente em um lugar que não consiga sair, mas dessa vez um lugar bom.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipw3Usrx41mxDKAAr2-gQ6zTFPz-ottDJrACXj0V3hmN8LhsjCX9cSnMHzw676yFr5B_l-w7RcxuxbIsYYwPW_XYxV4xOHmrI-kebbOgRq5oolbfChrJZIGVCK9c_mwRMu3SvcT_g9jQs/s1600/11391158_964369986946417_2294467183268291620_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="146" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipw3Usrx41mxDKAAr2-gQ6zTFPz-ottDJrACXj0V3hmN8LhsjCX9cSnMHzw676yFr5B_l-w7RcxuxbIsYYwPW_XYxV4xOHmrI-kebbOgRq5oolbfChrJZIGVCK9c_mwRMu3SvcT_g9jQs/s400/11391158_964369986946417_2294467183268291620_n.jpg" width="400" /></a></div>
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Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-41362639079003746812016-06-17T16:20:00.001-03:002016-09-09T04:58:40.128-03:00Repetindo a filogênese entre parênteses usando um paraquedas de papel.<div style="text-align: justify;">
Eu não sei o que eu tô fazendo, só continuo. Não tô entendendo nada ultimamente, só quero que pare. Tem dias em que tu vai querer mandar todo mundo tomar no cu e tem dias que vai estar tudo ok. Mas é enjoativo, entediante, não tem graça. No fundo tu vive com uma sensação idiota de destino como se tivesse algo lá na frente esperando por ti pra acontecer. Mas é impossível estar fisicamente no futuro. O futuro nunca chega e quando tu estiver no topo da escada, tu só morre. O dia de hoje é um bloco desconectado dos outros blocos. Uma peça de azulejo quebrado do chão. Um machucado na banana. Um passo pra esquerda em uma fila em movimento. Um asterisco dentro de parênteses. Tenho saudade de quando as coisas eram. Sabe quando algo é? Aquilo só é. Não aguento mais observar de perto gente que está a anos luz de distância de mim. Não faz sentido ser espectador em uma prisão de vidro. A existência parece muito com os tempos de PW. Passar dias matando quinhentos mobs, interagir com NPC's quando se tem algum interesse, upar de lvl e ficar feliz por um segundo, repete de novo até o próximo aniversário. A proporção é sempre errada. Um ano pra dois meses. Uma semana pra um final de semana. Sempre me questiono se vale a pena. Mas aí é só acrescentar <i>"qual o problema em não valer a pena?"</i> e pronto, problema resolvido.</div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggVgDfCSyCvEHDvPxwCNCy0Q8bxRcHaWdlTC5S5KXidH9oP25DeS1xTaK8_0Ez94O6UWBwxyR0I5w6N32ABftNCeyD9xGh0UqKK9T9ObZ5zayDmjnh8-3764N7E4d8xZgezX6RoOp_Bo4/s1600/n%25C3%25A3o+saber+%25C3%25A9+um+sentimento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="95" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggVgDfCSyCvEHDvPxwCNCy0Q8bxRcHaWdlTC5S5KXidH9oP25DeS1xTaK8_0Ez94O6UWBwxyR0I5w6N32ABftNCeyD9xGh0UqKK9T9ObZ5zayDmjnh8-3764N7E4d8xZgezX6RoOp_Bo4/s400/n%25C3%25A3o+saber+%25C3%25A9+um+sentimento.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-20752166320809094962016-06-14T19:27:00.000-03:002016-09-09T04:58:11.750-03:00Resolvi discutir com árvores.<div style="text-align: justify;">
Comi um pedaço de chocolate. Precisava buscar o correio, dei uma volta no condomínio mas tem câmera por tudo que é lado e todo mundo me conheceria, não dá pra surtar nem gritar. Hoje é terça feira e a lua é crescente. Não sei qual é o fato desencadeador e não acho que esteja tão fora assim pq consigo escrever e dizer que não estou tão fora assim. Preciso de paz, segurança e sossego pros objetivos que finjo que tenho na vida. Vida. Não sei se pensar nisso foi o que desencadeou. Acho que se não conseguimos lembrar do início, é porque existe a possibilidade de sempre ter sido eterno. Realmente me incomoda o fato de o forro das calcinhas ser feito no lugar errado. Você. Me dei conta de que tava olhando feito uma drogada pra minha bochecha no espelho do elevador. Por mais que tudo pareça água, aquários são reais. Peixes vivem dentro deles e não ficam incomodados se tudo o que enxergam ao redor parece água. Eu. Há alguns minutos atrás me dei um tapa na cara. Eu tô sentindo gritos. Ranho é tão denso quanto a alma e gruda, então não morra ranhenta. Não sei qual a diferença entre comunicar e não comunicar. Ninguém. Ainda assim, comunicação é uma coisa incrível. Qual o sentido? Acho que a gente não costuma fazer isso muito na vida. O QUE É? ONDE E EM QUEM SE CONTÉM? Aí eu disse que não acreditava em alma. Mas nada a ver, ainda me lembro de várias coisas. Tudo perfeitamente normal. Como se sai? Tô fazendo chá de valeriana, vou enfiar valeriana no cu. Me sinto mal pelas árvores, mas elas disseram não se importar. Também disseram não se importar com meu relato de observação sobre o esporte na terceira idade mas que eu, deveria. Por que quando voltar ao normal vou desejar que tivesse me importado. Não se fabrica coturno em forma de raíz, por isso árvores não buscam correio. Eu tenho que fazer tudo por que aparentemente sou a única coisa humana da casa. Passei o dia inteiro ouvindo tic tac de relógio mas não consigo achar nenhum. Tem que ser humano pra fazer as coisas. Gritei no telefone pra Ecco Salva que eles estão me enlouquecendo e vou acabar me matando se não pararem de me ligar. Preciso agir naturalmente quando for falar com o guarda. Mas eu tô agindo naturalmente! Preciso manter distância de gente parecida comigo. Eu tô normal. A Ecco Salva não é o problema. Não sei o que é o problema, mas se tem uma coisa que árvores odeiam é ser humano perdido fazendo perguntas. Enquanto descia as escadas imaginei que se meu pai chegasse aqui agora ia pensar que eu tô drogada. E eu não tô. <i>Eu, eu, eu, eu.</i> Tenho medo de ir pra sacada e romper com tudo. Tenho medo por que acabei de me dar conta de que tenho um irmão. Medo pq tinha esquecido que tinha um irmão todo esse tempo. Agora as coisas parecem um pouco mais reais. Eu não posso me matar. Mais efetivo que um tapa na cara. Mas que caralhos.</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-63671691692609513472016-01-24T19:06:00.002-03:002016-02-11T03:31:58.206-03:00Usko pois2011: There is this thing now, but it's temporary :)<br />
2012: Look, I'm not usually like this. It's just autopilot.<br />
2013: You should have known me before because I'm not like this.<br />
2014: Just give me some time until I get back to my real self.<br />
2015: That's not how I am. Believe me.<br />
<i>2016: I'm not usually like this.</i>Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-43827721728011955222016-01-18T01:38:00.003-03:002016-01-18T01:38:41.010-03:00essa maldita inércia que não para quieta;<div style="text-align: justify;">
De novo digo que quero sentir. Mas as pessoas nem são reais e tudo que vivi foi um filme qualquer que sequer aconteceu dentro de mim. Eu não tenho história. Não sei como posso ter 22 anos de idade se o tempo nunca existiu antes disso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez eu esteja em coma. Mas também sei que eu mesma me coloquei nesse estado porque o contrário seria insuportável. Tá legal mas não tá legal. Não tá legal mas tá legal. Me apavora que não seja criptobiose e sim um novo estado permanente. <i>Pfff,</i> a impermanência que é permanente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se já não sinto nada agora, tudo vai desaparecer depois de um mês. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É só que não dá pra respirar direito aqui em cima.</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-83322132704800932302016-01-10T16:00:00.000-03:002016-01-10T16:13:44.193-03:00Quando deixo meu cérebro secar ao natural, ele vira um alienígena.Meu passatempo preferido na vida é fugir das coisas sem sair do lugar.<br />
<br />
Às vezes eu volto brevemente e pergunto, <i>quem diabo são essas pessoas?</i><br />
<br />
Nesse domingo que parece segunda, todo mundo é feito de isopor.<br />
<br />
E dissociou.Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-81584750877708177852016-01-05T08:44:00.000-03:002016-06-23T07:52:18.063-03:00Se alguém me achar por aí, avise.<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Queria estar dentro do meu corpo, mas não tem nada na minha cabeça. Não tem como entrar lá, só fico aqui fora flutuando. Assistindo. Prefiro ficar na rua do que presa em uma casa vazia, talvez.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Minha cuca tá em estado criptobiótico.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Queria conseguir gostar das pessoas novamente. Mas pra isso teria que deixar as palavras entrarem, e daqui onde eu tô só consigo assistir o som passando pelo meu ouvido sem significado algum. Lembro que pessoas já foram legais um dia. Hoje todo mundo é um NPC.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O problema com suicídio é que ele nunca será uma opção, mas mesmo assim ele continua ali. Sempre ali. Pensamento suicida é aquele que não caga e não desocupa a moita.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E o problema com álcool é que ele realmente funciona. Mas ele te apaga só por duas horas e então tu levanta pra escrever esse tipo de merda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Mas meus pensamentos não causam reação. Minhas memórias são só ciência de que algo aconteceu. Tinha alguém vivendo aqui antes, eu juro. </span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Eu gosto da invisibilidade de cidade grande.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Pior que já nem sei se isso tem um motivo ou é simplesmente o que eu sempre senti antes. Mas espero que tenha um motivo, porque crescer esse tipo de coisa sozinha do nada é meio desesperador.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Como é possível sentir tanto a vida inteira e de repente, nada? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Mas sentir-se uma cenoura ainda é sentir.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Talvez eu esteja ausente porque assim se faz necessário agora. Emoções cobrem os olhos e impedem o movimento. Não sentir nada talvez seja a melhor hora pra se mover. Tu nunca sabe o que pode acontecer no late game. Never surrender e panz. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Né, tanto faz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Tá tudo bem mas tá esquisito.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Deve ser culpa do PT.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIX-EmGw4JP3t67QGaGQ8fb1hF_r24OXtSgVvUMWxYWykbRjnLuF1LaWbxN7jTehTqIP9luUv201ISnxWs8drQqGQmiPb5jcOXDYSQtD0qlkhARzr4xoKOU2Q-mg5S5qGX8-f2djeWsXY/s1600/20151229_054444.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIX-EmGw4JP3t67QGaGQ8fb1hF_r24OXtSgVvUMWxYWykbRjnLuF1LaWbxN7jTehTqIP9luUv201ISnxWs8drQqGQmiPb5jcOXDYSQtD0qlkhARzr4xoKOU2Q-mg5S5qGX8-f2djeWsXY/s400/20151229_054444.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-39489865718924330792015-01-12T06:55:00.000-03:002015-01-12T06:55:12.494-03:00Simetria<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já parou pra pensar em como a ordem das coisas é importante? O ser humano supervaloriza a sequência dos acontecimentos. Podemos ter sido imensamente felizes no passado, mas o valor de uma experiência incrível é perdido por simplesmente não estar no presente. O final é sempre o mais importante aos nossos olhos. É o desfecho que determina a descrição de uma experiência.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aos que acreditam no lado espiritual, se sofremos com algo no passado e logo adiante passamos o sofrimento a outro, como saber se o que aconteceu antes já não era o pagamento pelo ato futuro? Que diferença faz a ordem? Se a constância do tempo realmente importa, uma pessoa que foi ruim 90% da vida e mudou nos últimos 10%, será mais digna que aquela que teve a proporção inversa?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ao invés de ficarmos felizes por algo ter acontecido, ficamos tristes por não acontecer mais. Duvidamos que somos a mesma pessoa do passado. A permanência dessa pessoa traria o caos. E na verdade não há nada de errado nisso, o contrário seria muito evoluído... mas irreal. E aos que não são abençoados com os genes da esquizofrenia, de nada serve o irreal. Também é por isso que não lamentamos coisas ruins que já são boas no presente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enquanto o universo permanecer da maneira que conhecemos, é assim que será a importância das coisas. É por isso que envelhecemos e não o contrário. O tempo é um determinante muito estranho... e como eu sinto falta do tempo.</span></div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-78727226397578559632014-10-14T21:23:00.000-03:002014-10-14T21:23:24.760-03:00(In) finitude<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quantas vezes já nos sentimos culpados por escolher uma atividade de lazer ao invés de ser produtivo? Quantas vezes já matamos aula ou inventamos desculpas só pra estar com alguém que gostamos? Quantas vezes nos sentimos inúteis por perder tempo em algo que não era um investimento?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A ilusão onipotente nos faz dormir tranquilos com fé de que iremos acordar no dia seguinte. E se não acordarmos? Valeu a pena adiar um pedido de desculpas? Valeu a pena dedicar tempo da própria vida a um emprego entediante? Valeu a pena parar de falar com um familiar querido por causa de medo ou orgulho? Será que estaremos satisfeitos com o que coletamos até agora? A resposta é não, mas não porque não aproveitamos a vida... e sim por que <i>mortos não sentem</i>. Mortos não pensam. Mortos não vivem. Mortos perdem a vez. Mortos não tem nem o privilégio de sentir arrependimento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É como se viver o presente fosse vergonhoso. Ser sábio e realizado é viver 100% no futuro, acorrentado ao superego. Muitas vezes abrimos mão do que queremos por pensar demais... e esquecemos de que a vida não é só isso. Na realidade, a superestimamos - ela é <i>muito menos</i> do que pensamos. Esperamos que ela seja perfeita, especial e corra nos trilhos até o fim. Ignoramos o suor e a vontade de ir ao banheiro porque acreditamos que chegar ao destino seja mais importante. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É claro que não somos unicórnios vivendo num bosque anarquista cor-de-rosa, mas não há nenhum problema em se descer pra tomar um sorvete. Mesmo que isso não traga nenhum benefício a longo prazo, é sempre prazeroso dar ao corpo o gosto de algo bom. E a vida é feita exatamente pra isso. Na verdade ela não é "feita", simplesmente se nasce. Material orgânico e tempo não se importam com escolaridade e regras sociais, eles só acontecem. Estamos tão acostumados com a ideia de responsabilidade e ocupação do tempo, que não nos damos conta de que passamos a maior parte de nossa existência contando as horas pra ir pra casa - pra no melhor dos cenários, viver somente nos fins de semana. Somos brindados pelo acaso com o privilégio da existência e desperdiçamos nós mesmos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tempo perdido em algo que se gosta nunca é tempo perdido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É na simplicidade da vida que se entende a complexidade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Colecionamos acontecimentos com o tempo que temos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A vida não passa disso, <b>uma coleção.</b></span></div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-78794095310559380272014-09-15T14:45:00.003-03:002016-06-17T20:16:06.174-03:00Variação das repetições<div style="text-align: justify;">
Um dia teu corpo irá dizer que não é capaz de se mover e tu não terá força para dizer o contrário. Às vezes tua cabeça será um grande poço vazio, às vezes te transportará pra dentro dela e viverá de lembranças que não conseguirá distinguir se são reais, sonhos ou desejos. Nesses dias teu peito irá apertar, terá uma bola na tua garganta, tua cabeça vai pesar, unhas e cabelo irão enfraquecer, sentirá o osso dos calcanhares e quinze facas cravadas nas costas. E em algumas noites, a dor transbordará involuntariamente pelos olhos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esses são os dias em que te desconectará de quem já foi um dia. Tuas qualidades estarão distantes e inalcançáveis. Tudo o que conseguirá sentir é que está quebrada, estragada. Nada funciona, nada tem conserto e o lugar de coisa assim é no lixo. Estará de luto pela própria morte e teu riso será de desespero. Esses são os dias mais ridículos, mais infantis, mais dependentes, <i>toscos</i>. Os dias em que se tem asco, vergonha de ser e demonstrar. Dias e noites pesados, atmosféricos, insuportáveis.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Haverá dias em que tudo vai estar flutuando em preto e branco diante de ti. Teu corpo será congelado e nenhuma música te dará vontade de bater os pés. Tudo será desconexo e irreal, teus olhos vão perder a capacidade de foco. O movimento da cidade será como um filme passando em plano de fundo e irá evitar qualquer tipo de toque e aproximação, qualquer esforço e o menor raciocínio, pois não estará presente no planeta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O processo irá seguir e a maior percepção sobre si mesma será "me sinto uma cenoura"... Até que em alguma noite tu volte ao planeta e fique horrorizada ao lembrar que o ônibus que tu pegou pra ir pra faculdade atropelou uma pessoa e tu não foi capaz de erguer uma sobrancelha. <i>"Credo, o que me tornei?"</i>. Tua indiferença começou a fazer mal às relações importantes, as pessoas se tornaram objetos e tu estava vivendo na beira da sociopatia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas também haverá dias onde tu terá vontade de olhar pro céu, comer coisas gostosas, cantar, tocar, criar trocentas coisas ao mesmo tempo e fazer pessoas queridas rirem da maneira mais idiota possível. Nesses dias te sentirá lado a lado com quem existiu um dia, a lua vai te fascinar, te sentirá triste por não poder levar todos os cachorros de rua pra casa, terá vontade de expor opiniões e lutar pelo que acha certo, terá anseio por discutir teorias mirabolantes sobre o universo, o macro, o micro, a existência e consciência... Isso é se sentir viva. Teu ser por inteiro estará presente e conseguirá te reconhecer no espelho novamente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E então... tu percebe que irá mudar de ideia muitas vezes. Querer algo em um dia e não mais à noite, e já no dia seguinte não irá querer nem desquerer. A constante será acostumar a ser alguém diferente cada dia. Tu vai querer desistir - mas por ter ciência disso, não irá. E no fim irá descobrir, ou finalmente aceitar, que é possível viver assim.</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #666666; font-size: x-small;">O tempo e conjugação de alguns verbos estão errados, uhuuu.</span></div>
</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-72008897230262087782014-08-18T14:56:00.001-03:002014-08-18T14:56:40.566-03:00Depression<span style="color: #f3f3f3; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background-color: black;"><span style="line-height: 20px;">"Depression does not always mean</span><br style="line-height: 20px;" /><span style="line-height: 20px;">Beautiful girls shattering at the wrists</span><br style="line-height: 20px;" /><span style="line-height: 20px;">A glorified, heroic battle for your sanity</span><br style="line-height: 20px;" /><span style="line-height: 20px;">Or mothers that never got the chance to say good-bye</span><br style="line-height: 20px;" /><br style="line-height: 20px;" /><span style="line-height: 20px;">Sometimes depression means</span></span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; line-height: 20px;"><span style="background-color: black;"><br />Not getting out of bed for three days<br />Because your feet refuse to believe<br />That they will not shatter upon impact with the floor<br /><br />Sometimes depression means<br />That summoning the willpower<br />To go downstairs and do the laundry<br />Is the most impressive thing you accomplish that week<br /><br />Sometimes depression means<br />Lying on the floor staring at the ceiling for hours<br />Because you cannot convince your body<br />That it is capable of movement<br /><br />Sometimes depression means<br />Not being able to write for weeks<br />Because the only words you have to offer the world<br />Are trapped and drowning and I swear to God I’m trying<br /><br />Sometimes depression means<br />That every single bone in your body aches<br />But you have to keep going through the motions<br />Because you are not allowed to call in to work depressed<br /><br />Sometimes depression means<br />Ignoring every phone call for an entire month<br />Because yes, they have the right number<br />But you’re not the person they’re looking for, not anymore."<br /><br />- by Hannah Nicole a.k.a. twentysixscribbles</span></span></span>Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-70298690268031647172014-04-22T14:07:00.002-03:002016-09-09T05:27:37.689-03:00-<div style="text-align: justify;">
- <i>"Draw a monster. Why is it a monster?"</i><br />
<br />
<span style="text-align: start;">- Não querer destruir não é o mesmo que querer construir.</span><br />
<div>
<br /></div>
- Por mais pessoas que reconheçam o valor de uma pergunta independente de ela ter uma resposta.</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-73194729552864713672014-04-19T03:31:00.001-03:002014-04-22T14:11:57.582-03:00Ótica de morte e eternidade<div style="text-align: justify;">
Tem a época em que a gente enxerga a morte feito adolescente, e tem a que a gente amadurece e a enxerga como uma forma de vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A maneira adolescente de enxergar a morte seria o estopim de tudo, querer morrer, desistir, não suportar a vida e os sentimentos a ponto de querer acabar com tudo. Existe a parte imaginativa que prega um futuro póstumo e a palavra-chave seria destruição.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a maneira madura (ou exausta)<b> é morrer em vida e nunca se matar</b>. Se está tão morto que nem se sente o estopim. Não existe força vital suficiente pra sentir a morte e a palavra chave é indiferença. <span style="color: #999999;">O oposto de amor não é raiva, lembra?</span><br />
<br />
Sentir o insuportável é sinal de que se ainda está vivo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>"(...) mas isso é de momento, ao menos pra mim.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>- Sim, cada momento é uma existência separada."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nada mais é conectado. Apenas um emaranhado cuja ilusão de tempo nos faz enxergar linhas onde existem nós que nunca irão se fechar.</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-68954654604374803952014-04-17T16:39:00.001-03:002014-04-17T16:39:38.752-03:00Pick just one<div style="text-align: justify;">
Estabilidade ou intensidade?</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-10747282440383266952014-04-12T01:18:00.002-03:002014-04-12T01:18:51.998-03:00*<div style="text-align: justify;">
I'm an accident waiting to happen</div>
<div style="text-align: justify;">
and everything in me is an asterisk.</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-19137097224588556202014-04-11T01:36:00.002-03:002014-04-11T01:36:29.440-03:00Em defesa da ambivalência<div style="text-align: justify;">
O contrário de amor não é raiva, é indiferença.</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-46169635584952223262014-04-06T01:08:00.005-03:002014-04-08T13:22:39.735-03:00Caracóis são moluscos<div style="text-align: justify;">
Incrível como cair uma única vez na vida é o suficiente pra ficar se arrastando até o fim dos dias. Um inseto que levou um pisão em metade do corpo e esqueceram de dar o <i>"pisão de misericórdia"</i>.</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-907444286651282433.post-84572969953367751462014-03-09T20:19:00.001-03:002014-03-09T20:19:07.977-03:00Transbordando ausências<div>
É a força da vida que se esvai,</div>
<div>
ou é a morte que preenche?</div>
Brenda Lavoierihttp://www.blogger.com/profile/06125307989697655157noreply@blogger.com1