Sabe, eu não amo exatamente o que eu sou. Eu gosto da minha ambição por inteligência e evolução, gosto de todas as minhas partes sentimentais boas. Em compensação eu me odeio porque sei que estou aprisionada numa forma burra e incapaz de comportar exatamente tudo aquilo que eu quero ser.
Odeio o egoísmo humano, a corrupção, a preguiça e o descaso de bem... a maioria das pessoas, só pra não generalizar. Li um texto recentemente que dizia que nós, humanos, não amamos uns aos outros, e que esse é o maior problema do mundo. Mas ok, eu concordo com essa afirmação. Porém, não acho que não amar os meus semelhantes seja errado. Eu já tive vontade de matar, de fazer coisas horríveis. Coisas que um fiel religioso condenaria, pois não posso desejar mal aos meus irmãos... Mas aí a questão: até que ponto vale a pena esse amor incondicional por uma raça egoísta e traiçoeira?
Passei muito tempo me perguntando se o natural do homem, digo, a essência verdadeira do homem, é boa ou má. Se nós viemos pra cá tentar conter a nossa maldade e evoluir nos tornando bons, ou se viemos pra cá perfeitamente bons e o mundo que nos corrompeu. E a conclusão que cheguei é de que a raça humana é ruim por natureza mesmo. O natural das pessoas seria agir de acordo com o instinto (como um homem que trai, por exemplo), competir com outras fêmeas, se preocupar somente com o seu alimento, cuidar apenas da sua prole. Agora, egoísmo é marca humana registrada.
Ok, e se você não ama a raça humana, como explica o amor pela tua família, teu namorado? Simples. Todas as pessoas que eu amo são desumanas. O conceito de humano e desumano pra mim é o inverso daquele contido nos dicionários. Eu amo meu namorado, amo a pessoa que existe dentro dele e não somente uma casca que foi chamada de Philippe por escolha dos pais dele. Philippe é somente um nome para identificá-lo nesse mundo, assim como tu sabe que uma tv é uma tv, uma cama é uma cama. Ele de verdade não se chama Philippe. Não é o Philippe que eu amo.
Eu amo o carinho da minha mãe, que nada mais é do que a doação. Amo a dedicação e instrução do meu pai. Tudo o que eu amo numa pessoa são as características boas, as características desumanas. Digamos que, eu não amo a pessoa de ninguém. O amor que eu sinto é como se, fosse colocado um grupo de pessoas completamente podres, burras e imperfeitas, em igual condição. Eu amo aquelas que com o tempo, conseguiram se distanciar o máximo possível disso. Aquelas que evoluíram.
E infelizmente eu me sinto cada vez mais... talvez anti social, por causa disso. Parece que eu não sinto mais interesse por ninguém a não ser que aquela pessoa tenha algo a me acrescentar. E aí entra a minha condição humana detestável... Sinto como se eu sugasse as pessoas, tirasse todo o proveito que eu posso, e depois quando eu alcanço um "nível" maior do que ela, simplesmente a descartasse, procurando uma nova fonte.
Não sei se existem mais pessoas como eu, pelo menos nesse quesito. Por isso que eu acho importante o crescimento constante. Entre duas pessoas que sempre buscam evoluir e aprender cada vez mais, a fonte da qual um suga o outro nunca vai se esgotar.
Eu abri um parênteses enorme no meio do texto. Voltando pro assunto principal agora, eu acho que sou uma pessoa cheia de amor sim. Digamos que, eu tenha um amor incondicional e absurdo por animais, e um amor um pouco mais seleto e racional por humanos. É lógico que eu fico triste ao ver crianças morrendo, desastres acontecendo... Mas ao mesmo tempo eu sinto como se o correto fosse a nossa aniquilação mesmo. Quando um organismo estranho que te afeta de forma negativa entra no teu corpo, o normal é por anticorpos em ação e destruir o espertinho. Acho que a nossa relação com o planeta Terra é exatamente igual.
Se eu tivesse que escolher entre a vida de um filhotinho qualquer de animal e um bebê, acho que escolheria o animal. E eu não tenho culpa de pensar assim, eu simplesmente penso. Todos os animais fazem parte de um ciclo, um equilíbrio onde cada um é necessário. O ser humano é o único dispensável e que ainda por cima prejudica. E mesmo que o bebê seja um serzinho "inocente", em potencial ele é uma pessoa má.
Enfim, eu me amo de certa forma. Me amo porque é impossível alguém não amar a si mesmo. Se eu olho pros dois lados antes de atravessar é a maior prova de que eu me importo comigo. Mas eu odeio as minhas características humanas. Uma coisa que eu entendi a pouco tempo é que eu tenho um puta interesse em ter poder. Não super poderes, muito menos qualquer tipo de poder que alguém esteja pensando... O problema é que eu sei que se eu tivesse poder não ia prestar. Quer dizer, pra mim ia prestar, porque eu ia acabar com todos os problemas do mundo, e dentro de todas as minhas leis e regras, eu estaria correta. Mas todos tem suas próprias definições de certo e errado, e mesmo sabendo que eu não devo ter poder, eu continuo buscando mesmo assim.
É isso que eu odeio. Essa forma estúpida na qual nós mesmos nos colocamos pra aprender coisas que ela não é capaz de suportar. Essa condição humana desgraçada, que me impede de ir até onde eu quero e principalmente, de fazer a coisa certa com as coisas que se tem.
Odeio o egoísmo humano, a corrupção, a preguiça e o descaso de bem... a maioria das pessoas, só pra não generalizar. Li um texto recentemente que dizia que nós, humanos, não amamos uns aos outros, e que esse é o maior problema do mundo. Mas ok, eu concordo com essa afirmação. Porém, não acho que não amar os meus semelhantes seja errado. Eu já tive vontade de matar, de fazer coisas horríveis. Coisas que um fiel religioso condenaria, pois não posso desejar mal aos meus irmãos... Mas aí a questão: até que ponto vale a pena esse amor incondicional por uma raça egoísta e traiçoeira?
Passei muito tempo me perguntando se o natural do homem, digo, a essência verdadeira do homem, é boa ou má. Se nós viemos pra cá tentar conter a nossa maldade e evoluir nos tornando bons, ou se viemos pra cá perfeitamente bons e o mundo que nos corrompeu. E a conclusão que cheguei é de que a raça humana é ruim por natureza mesmo. O natural das pessoas seria agir de acordo com o instinto (como um homem que trai, por exemplo), competir com outras fêmeas, se preocupar somente com o seu alimento, cuidar apenas da sua prole. Agora, egoísmo é marca humana registrada.
Ok, e se você não ama a raça humana, como explica o amor pela tua família, teu namorado? Simples. Todas as pessoas que eu amo são desumanas. O conceito de humano e desumano pra mim é o inverso daquele contido nos dicionários. Eu amo meu namorado, amo a pessoa que existe dentro dele e não somente uma casca que foi chamada de Philippe por escolha dos pais dele. Philippe é somente um nome para identificá-lo nesse mundo, assim como tu sabe que uma tv é uma tv, uma cama é uma cama. Ele de verdade não se chama Philippe. Não é o Philippe que eu amo.
Eu amo o carinho da minha mãe, que nada mais é do que a doação. Amo a dedicação e instrução do meu pai. Tudo o que eu amo numa pessoa são as características boas, as características desumanas. Digamos que, eu não amo a pessoa de ninguém. O amor que eu sinto é como se, fosse colocado um grupo de pessoas completamente podres, burras e imperfeitas, em igual condição. Eu amo aquelas que com o tempo, conseguiram se distanciar o máximo possível disso. Aquelas que evoluíram.
E infelizmente eu me sinto cada vez mais... talvez anti social, por causa disso. Parece que eu não sinto mais interesse por ninguém a não ser que aquela pessoa tenha algo a me acrescentar. E aí entra a minha condição humana detestável... Sinto como se eu sugasse as pessoas, tirasse todo o proveito que eu posso, e depois quando eu alcanço um "nível" maior do que ela, simplesmente a descartasse, procurando uma nova fonte.
Não sei se existem mais pessoas como eu, pelo menos nesse quesito. Por isso que eu acho importante o crescimento constante. Entre duas pessoas que sempre buscam evoluir e aprender cada vez mais, a fonte da qual um suga o outro nunca vai se esgotar.
Eu abri um parênteses enorme no meio do texto. Voltando pro assunto principal agora, eu acho que sou uma pessoa cheia de amor sim. Digamos que, eu tenha um amor incondicional e absurdo por animais, e um amor um pouco mais seleto e racional por humanos. É lógico que eu fico triste ao ver crianças morrendo, desastres acontecendo... Mas ao mesmo tempo eu sinto como se o correto fosse a nossa aniquilação mesmo. Quando um organismo estranho que te afeta de forma negativa entra no teu corpo, o normal é por anticorpos em ação e destruir o espertinho. Acho que a nossa relação com o planeta Terra é exatamente igual.
Se eu tivesse que escolher entre a vida de um filhotinho qualquer de animal e um bebê, acho que escolheria o animal. E eu não tenho culpa de pensar assim, eu simplesmente penso. Todos os animais fazem parte de um ciclo, um equilíbrio onde cada um é necessário. O ser humano é o único dispensável e que ainda por cima prejudica. E mesmo que o bebê seja um serzinho "inocente", em potencial ele é uma pessoa má.
Enfim, eu me amo de certa forma. Me amo porque é impossível alguém não amar a si mesmo. Se eu olho pros dois lados antes de atravessar é a maior prova de que eu me importo comigo. Mas eu odeio as minhas características humanas. Uma coisa que eu entendi a pouco tempo é que eu tenho um puta interesse em ter poder. Não super poderes, muito menos qualquer tipo de poder que alguém esteja pensando... O problema é que eu sei que se eu tivesse poder não ia prestar. Quer dizer, pra mim ia prestar, porque eu ia acabar com todos os problemas do mundo, e dentro de todas as minhas leis e regras, eu estaria correta. Mas todos tem suas próprias definições de certo e errado, e mesmo sabendo que eu não devo ter poder, eu continuo buscando mesmo assim.
É isso que eu odeio. Essa forma estúpida na qual nós mesmos nos colocamos pra aprender coisas que ela não é capaz de suportar. Essa condição humana desgraçada, que me impede de ir até onde eu quero e principalmente, de fazer a coisa certa com as coisas que se tem.
Caramba, ótimo texto. Não lia um texto assim tão bom faz um tempo já. Tu é ótima com as palavras, conseguiu passar essa agonia que tu tem, e eu consegui entender tudo, mesmo sendo um assunto complexo...
ResponderExcluirCongrats :)
Ahh, parei aqui.
ResponderExcluirBrenda, vamos dominar o mundo? hhahah
eu me indentifiquei com 99,9%, inclusive com a parte do filhotinho o do bebe. Eu odeio grande parte da humanidade,as vezes odeio o fato de ser humana, mas as vezes gosto de ser humana, porque assim talvez eu possa acrescentar algo de bom em suas cucas. As vezes penso,(ai entra a característica detestável,arrogancia)que não sou humana, sou melhor que isso,posso ser melhor que isso, mas ai entra uma característica boa,eu ainda tenho esperança em alguns humanos,sabe?
É super complexo mesmo, e as vezes acho que vou explodir com tantos sentimentos confusos (coisas de humanos). Sabe aquela velha frase: quanto mais eu conheço os humanos, mais gostos dos meus bichinhos de estimação hahaha.
O humano é uma raça complexa demais, ao mesmo tempo que é inteligente, é burra, cria tantas coisas maravilhosas, como essa que estamos usando no momento,mas em contra partida, fode com o planeta inteiro, vai entender!!!
Olá brenda gostei do seu blog e concordo com exatamente tudo o que você disse, ser humano pra mim é um carma, um verdadeiro castigo, mais fazer o que né?.
ResponderExcluirÓtimo texto, me identifiquei muito ;)
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