domingo, 11 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Hematita
Eu sou um paradoxo. Sempre fui.
Me diga, você sabe o que é ter a oportunidade de decidir? O exato momento em que tu é capaz? Sabe o que é estar beirando o abismo? Sabe o minúsculo fragmento de tempo que leva pra se tomar a decisão de dar um passo à frente nos trilhos do trem?
Sabe o que é estar na frente da porta do nada? E sentir que não existe nada além dessa porta... e que na verdade não existe nem porta. Se a única pessoa que eu tenho sou eu, o que aconteceria se eu matasse a única pessoa que eu tenho? O que aconteceria se eu matasse a pessoa que me mataria? Pra onde ela iria? Eu continuo pisando na veia que mantém a mantém a minha vida fluindo. E então... por quanto tempo eu vou ficar recolhendo pedacinhos pra me manter de pé?
Pra um lugar pior, é o que dizem. E o que você define como pior?
Eu só quero fazer a merda parar. Qualquer coisa diferente disso.
Levar café na cama pro diabo com certeza é melhor do que isso.
E bem... Eu sou um balão prestes a explodir. Preciso de um lugar pra reviver. Preciso deixar de sentir. Nós temos um paradoxo aqui. Ou eu me mato de uma vez, ou vou acabar me matando. Preciso me matar antes que eu me mate. Pelo menos há um certo humor nisso. Cheguei ao ponto lamentável em que eu sou minha pior inimiga. Mas tudo bem... ainda consigo me ver no espelho, talvez eu ainda exista.
E essa sou eu... perdida em uma pilha de doces, repleta de açucar por dentro dizendo "eu sou vazia". Sendo agraciada com um milhão de convites... e dizendo "eu sou rejeitada". Uma legião de nada. Mas eu continuo caminhando. Mancando, sem direção, pois afinal, um par de pernas sem cérebro não faz muita coisa. E só estou torcendo pra que essas pernas cansadas e estúpidas tenham a sorte de me levar pra um lugar diferente.
And he tells me to sing. So I sing, and I sing
For my brother who keeps me sane.
And he tells me to sing. So I sing, and I sing
For my brother who keeps me sane.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Preto e Branco? Não, cinza.
Eu não sei se choro, ou se devo vomitar. Cansei de procurar maneiras de colocar isso pra fora, de me livrar. Nunca vai embora, as vezes brinca comigo, vai até a esquina, dá tchauzinho e volta correndo, mais intenso do que nunca. Sempre. Sem querer, eu me encontrei. E não consigo mais ir embora, nem me suportar. Esta sou eu de verdade.
Ninguém nunca vai entender o que se passa, quantas graças se perderam, quantos sentidos não fazem mais. Só quem sente o mesmo é capaz de entender. Essa linha reta, sem motivos, razões, sem futuro, sem vida. Apenas alguns pontinhos de alegria perdidos no mar, implorando "por favor, não". Ops.
Dinheiro, casa, roupas, doces, muitos doces, bichinhos, alguns poucos amigos e... uma vida vazia. Uma fucking vida vazia. Nada do que eu coloque aqui dentro preenche esse vazio. Nem todo o açúcar do mundo. Toda as coisas boas, somadas, não correspondem a 10% da intensidade das coisas ruins. Parece que por menores que sejam, elas sempre são mas importantes. Sempre preenchem mais.
Algumas pessoas merecem ser amadas, e não são. Outras merecem ser odiadas, merecem sofrer, e não passam por isso nem de longe. O mundo é feio, as leis são feias, e livre arbítrio é conto de fadas. E isso é evolução? Seu bando de hipócritas, olhem pra mim, e me respondam se isso é evolução. Isso se chama morte. Eu nunca regredi tanto, nunca estive em uma vibração tão ruim como essa em toda a minha vida.
Mas obrigada, àqueles que conseguem ver algo bom nessa podridão.
Àqueles que conseguem enxergar em mim aquilo que eu não sou capaz.
E agora... essa linha reta. Esse nada, nem ninguém.
You had her, now she's going away. Que baboseira.
Quando a vida te decepciona, qual é a única coisa que resta fazer? "Continue a nadar, continue a nadar, pra achar a solução, nadar, nadar." Eu vou nadar até quanto meu corpo aguentar. Se me afogar, ao menos me afoguei porque estava tentando nadar. But, don't worry, eu sei fazer isso muito bem.
...Glub.
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