sexta-feira, 20 de setembro de 2013

"E sempre seremos o centro de um horizonte de possibilidades de expansão"...?

Postando texto de lvl 1.

Quando se pede alguma coisa pra Deus e tal coisa se concretiza, se agradece a Ele por ter atendido o pedido. Ok, simples. Quando se pede alguma coisa pra Deus e tal coisa não acontece, se justifica dizendo que não era da vontade dele e ele tem um plano melhor pra ti. Correto?

Mas se Deus "sabe o que faz", é fiel, justo, imutável, perfeito, nunca se arrepende e tem total ciência e controle do futuro, está tudo traçado. Se ele mudar de ideia, estaria indo contra tudo isso. Então tu te dá conta que rezar ou não rezar não afeta em nada o plano de Deus. "Um pai sábio sempre sabe o que é melhor para um filho". E quem é tu, (um simples mortal humano e pecador) pra querer contrariar e mudar o plano de Deus, né?

As pessoas ainda tem a necessidade de imaginar uma figura paterna continente pra conseguir entrar em contato com elas mesmas. As pessoas (ou pelo menos a maioria) ainda precisam sentir medo de ir pro inferno ou levar um tapa na bunda caso façam algo errado. Será que é tão difícil assim querer ser alguém "melhor" por necessidade e vontade própria? Ninguém precisa ser um grande herói salvador da humanidade, bastariam pequenos esforços e atitudes misturados com bom senso. Ninguém é obrigado a doar da própria comida pra alimentar uma criança com fome, bastaria a simples noção de não tirar a que ela já tem.

É tão bom quando cultivamos valores e princípios que significam. A consciência fica mais leve, íntegra e tranquila depois que aceitamos a própria natureza e abandonamos a busca pela perfeição aprovatória, por que tu sabe que está fazendo o possível pra ser alguém melhor dentro da tua condição humana e sente prazer nisso, ao invés de pedir perdão por simplesmente existir (?).

Minha visão de mundo ultimamente é a mais pessimista possível :( Não enxergo mais o espírito humano definhando e morrendo por chegar ao topo da escada, e sim, um monte de gente apinhada no primeiro degrau sufocados por si mesmos.

Como é bonita a ilusão da esperança e do (des)controle... Como é fácil colocar o destino e responsabilidade da própria vida nas mãos de um ser externo e em grandes quantidades que imaginamos não fazer parte. Afinal, o complexo de inferioridade contribui pra necessidade de traição e sensação de ser "só mais um". Incrível como nós, bebês, ainda temos anseio por cuidado materno.

Quando a tragédia se tornar maior que a comédia, não haverá Pagliacci capaz de reverter...