domingo, 10 de outubro de 2010

Obrigada, Sr. Discernimento

"Que seja feita a tua vontade..." Pra mim isso seria um grande obstáculo, porque não enxergo mais Deus como uma pessoa, a quem eu devesse reverenciar. O que me fez anojar a igreja foi porque sempre me mandavam amar a Deus acima de todas as coisas, pois bem, hoje eu o amo acima de todas as coisas. Mas o MEU deus, não essa imagem distorcida de uma criatura sentada no trono recebendo o louvor e humilhação daqueles que o amam.

Eu o amo sim. Amo a natureza, respeitos os animais, cultivo sentimentos bons, faço o bem pra todos aqueles que eu conseguir e preservo minha mente. Acho que dessa forma, estou amando mais a deus do que um infeliz ajoelhado clamando "oh senhor, tu és santo e eu pecador, me perdoe, sou um ser desprezível". Ãh?

Retornando... "...Tenha a intenção de se entregar ao que você imagina ou acredita ser a inteligência fundamental do universo, seja ela Deus, a Natureza, a Ordem Cósmica ou qualquer outro conceito que você possa alimentar." Ok, isso faz muito mais sentido pra mim agora.

Eu só acho engraçado, que todo livro que eu pego diz a mesma coisa: "Fulano teve sua vida transformada quando leu este, depois de ler você nunca mais enxergará nada da mesma forma..." Hm? Blé. Eu já estou tão cética, tão apática sobre tudo que acabei criando uma espécie de, não sei bem, talvez um tipo de filtro. Não acredito em mais nada mas também não duvido de nada.

É muito difícil eu me impressionar com fatos grandiosos, ao mesmo tempo que me surpreendo com atos simples. É estranho, mas parece que se aquilo não for novo, ou completamente diferente de tudo que já vi, não merece minha atenção. Pois bem, após alguns anos sem filosofia e religião nenhuma, isso me despertou interesse. 

Milagre? Não.
Mais normal do que se imagina, como tudo o que está por vir.

3 comentários:

Dafne disse...

Brenda, ao meu ver tens toda razão, pois como você acredito que Deus não é uma pessoa, para mim ele está em tudo e em todos, principalmente em nós mesmos e na natureza. Porém acredito que muitas vezes a igreja não se limita a pessoas "dizendo: oh senhor, tu és santo e eu pecador, me perdoe, sou um ser desprezível", mesmo que muitos o façam, pelo menos eu não faço nem as pessoas da igreja as quais convivo :D
As fazes podemos fazer parte de uma igreja/religião e não sermos robôs dela e sim aproveitar dela as coisas que julgamos boas levando-as adiante.

JFS disse...

Brenda, gostei do seu espírito critico, curiosa em saber as coisas da vida do mundo, isso é bom. Refletindo um pouco sobre o tema: Tivemos que achar uma palavra para tornar algo abstrato em concreto assim foi criada a palavra Deus e concerteza que as pessoas lhe deram forma de homem. Muita pessoa fica mais tranquila sabendo que existe um criador, ao meu ver isto tem a ver com a fragilidade humana. Esta palavra é há muito tempo usada para tudo e mais alguma coisa incl. argumento para matar. Para mim a igreja não tem a ver com 'Deus' é um negócio.

Brenda Lavoieri disse...

Dafne, tu não entende o que eu quis dizer com esse texto porque não passou por isso. Eu sempre passei longe do catolicismo, e um dia tu - que é super inteligente, tenho certeza de que também vai abrir os olhos.

Não digo abrir os olhos, e sim abrir novas portas para a mente. Mas eu não tenho como te explicar isso, é um processo natural que ocorre com todo mundo.

E sobre o que tu disse, de aproveitar as coisas boas e levá-las adiante, te retribuo a opinião construtiva da mesma forma: aproveite o que as pessoas te dão, as informações que tens e as opiniões alheias tirando proveito da parte boa. Antes de criticar algo, tenha a certeza de que você sabe do que a pessoa está falando. Não critique sem anter ter passado pelo mesmo. Nem sempre a crítica é sinal de inteligência.