terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Se alguém me achar por aí, avise.

Queria estar dentro do meu corpo, mas não tem nada na minha cabeça. Não tem como entrar lá, só fico aqui fora flutuando. Assistindo. Prefiro ficar na rua do que presa em uma casa vazia, talvez.

Minha cuca tá em estado criptobiótico.

Queria conseguir gostar das pessoas novamente. Mas pra isso teria que deixar as palavras entrarem, e daqui onde eu tô só consigo assistir o som passando pelo meu ouvido sem significado algum. Lembro que pessoas já foram legais um dia. Hoje todo mundo é um NPC.

O problema com suicídio é que ele nunca será uma opção, mas mesmo assim ele continua ali. Sempre ali. Pensamento suicida é aquele que não caga e não desocupa a moita.

E o problema com álcool é que ele realmente funciona. Mas ele te apaga só por duas horas e então tu levanta pra escrever esse tipo de merda.

Mas meus pensamentos não causam reação. Minhas memórias são só ciência de que algo aconteceu. Tinha alguém vivendo aqui antes, eu juro. 

Eu gosto da invisibilidade de cidade grande.

Pior que já nem sei se isso tem um motivo ou é simplesmente o que eu sempre senti antes. Mas espero que tenha um motivo, porque crescer esse tipo de coisa sozinha do nada é meio desesperador.

Como é possível sentir tanto a vida inteira e de repente, nada? 

Mas sentir-se uma cenoura ainda é sentir.

Talvez eu esteja ausente porque assim se faz necessário agora. Emoções cobrem os olhos e impedem o movimento. Não sentir nada talvez seja a melhor hora pra se mover. Tu nunca sabe o que pode acontecer no late game. Never surrender e panz. 

Né, tanto faz.

Tá tudo bem mas tá esquisito.

Deve ser culpa do PT.


Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, o que seria NPC?